Ibatiba (ES) – O soneto clássico, uma das formas poéticas mais antigas e sofisticadas da literatura, encontra em Edy Soares um de seus maiores defensores contemporâneos. Com o lançamento de Sonetos Sonantes II , o autor reafirma seu amor pela tradição literária e compartilha décadas de dedicação à arte do verso. O lançamento oficial da obra está marcado para o dia 08 de março de 2025, às 18 horas, na Câmara Municipal de Ibatiba , em um evento aberto ao público.
Uma paixão que nasceu cedo
Edy Soares escreve desde os 13 anos de idade. “Sou sonetista clássico e este é o segundo livro de sonetos de minha autoria”, conta ele. Inspirado por grandes nomes como Petrarca, Vinícius de Moraes e Thalma Tavares, ele construiu ao longo de mais de uma década um vasto acervo poético. Agora, com Sonetos Sonantes II , realiza um sonho antigo: reunir sua produção em duas obras que celebram a essência do soneto clássico.
“A poesia clássica continua viva e forte, mesmo na era pós-moderna”, afirma o autor. Para ele, o desafio não está apenas em manter viva essa tradição, mas também em mostrar aos leitores que o soneto ainda tem muito a dizer. “Se você começar a ler, com certeza ficará preso à leitura. Experimente!”, sugere.

A mensagem por trás dos versos
Ao contrário de narrativas lineares, os sonetos de Edy Soares são pequenas histórias independentes, cada um com sua própria mensagem e peculiaridades. “Escrever sonetos não nos conta uma história, mas nos leva por variadas interpretações filosóficas, bucólicas, líricas ou de caráter social”, explica. Segundo ele, cada poema traz uma análise nas entrelinhas, convidando o leitor a refletir sobre temas universais como amor, natureza e crítica social.
Embora os sonetos sejam escritos na tradição clássica, suas mensagens muitas vezes dialogam com questões contemporâneas. “Meus sonetos sempre trazem uma mensagem e uma análise nas entrelinhas dos seus versos”, revela o autor. Para ele, a poesia é uma ponte entre o passado e o presente, conectando gerações por meio da palavra bem trabalhada.
O processo criativo: técnica e inspiração
Escrever um soneto exige mais do que inspiração momentânea. “A elaboração de um soneto depende de técnica, domínio de rimas, conhecimento de métricas e, sobretudo, saber equalizar todas essas coisas para formar um bom poema”, diz Edy. Ele considera o soneto o ápice da criação poética e busca constantemente aprimorar sua escrita. “É uma busca permanente pela obra quase perfeita!”
Influenciado por autores como Lucília Decarli, Carolina Ramos e outros, Edy vê na poesia clássica uma fonte inesgotável de aprendizado. “Onde houver sonetos, ali estarão meus olhos em busca de aprimoramento”, declara. Apesar dos desafios naturais de criar dentro de uma estrutura tão precisa, ele nunca considerou desistir. “A criação poética está intrínseca em minha personalidade. Eu respiro poemas.”
Um legado em construção

Além de escritor, Edy Soares é um entusiasta da literatura clássica. Ele ministra palestras sobre sonetos e mantém um blog onde analisa concursos literários e discute o gênero. “Minha vida é dedicada à poesia”, diz ele. Contando com esta edição, o autor possui cinco obras solo e participações em 47 coletâneas de sonetos, trovas e poemas livres.
Quando perguntado sobre o impacto que a escrita teve em sua vida, Edy reflete: “Difícil responder. Escrevo desde os meus 13 anos de idade.” Para ele, a poesia é uma extensão de quem ele é, uma forma de interpretar e descrever o mundo. “A natureza fala… ouve-a e, se possível, descreva!”, aconselha aos novos escritores.
Como adquirir a obra
Os interessados podem adquirir Sonetos Sonantes II entrando em contato diretamente com o autor pelo e-mail Edysoares10@hotmail.com ou pelo WhatsApp (+55 27 99228 7408) .
Por que ler?
Em um mundo dominado por narrativas rápidas e descartáveis, Sonetos Sonantes II é um convite a pausar e apreciar a beleza da palavra bem trabalhada. Como diz o próprio autor: “Faço a minha parte… descrevo o que a inspiração fala aos meus ouvidos. Daí pra frente, prefiro deixar que o curso das coisas siga o rito natural.”
Esta obra foi realizada com o apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc (Edital de Chamamento Público 07/2024 – Lei 14.399/2022), em parceria com a Prefeitura de Ibatiba e a Secretaria Municipal de Ambiente, Cultura e Turismo.