Na sessão ordinária virtual da Assembleia Legislativa, realizada nesta segunda-feira (24), o assunto predominante foi a situação econômica e social durante a pós-pandemia no estado e no País. A preocupação passa pela existência de trabalho, de emprego, de pessoas qualificadas, de investimentos e do estado psicológico e emocional da população. Outro ponto observado foi a possibilidade da segunda onda da pandemia com o crescimento de número de casos, fato que já vem ocorrendo em alguns países.
O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) está preocupado com a situação da economia pós-pandemia e a situação dos estados e municípios, dos investimentos e das pessoas. “Existem correntes que querem estimular a retomada do crescimento. Existe a nova realidade da doença ainda persistindo e levando muitos brasileiros. Há uma preocupação com o que vai ocorrer no desenvolvimento dos estados e municípios. Quantos municípios vão suportar as suas despesas e suas obrigações?”, questionou o deputado.
Economia e desemprego
O parlamentar do PSD alertou sobre as condições pós-pandemia na economia, nas atividades dos cidadãos. Lembrou que tem aqueles que consideram que o coronavírus não será debelado. “Existem correntes que acham que vamos conviver o resto da vida com essa Covid-19”, alertou. Enivaldo ainda observou as perspectivas da população diante do cenário. “Para que trabalhar, pra que construir patrimônio, se você não tem mais a confiança que você vai ter seu dia de amanhã, com ar limpo, com o direito de ir e vir com os seus? Todo esse trauma psicológico vai refletir em vários segmentos. Um deles é o ânimo do cidadão, de a pessoa se mobilizar, pensar no seu futuro e no futuro do filho. Esse é um problema que os estados têm de pensar, numa linha de assistência social para reverter o seu estado psicológico”, propôs.
Na mesma linha de preocupação, o deputado Doutor Hudson Leal (Republicanos) recomendou que as pessoas comprem somente o necessário porque não se sabe quando as atividades normais vão voltar. Para ele, em pelo menos seis meses não voltaremos ao normal. Aconselhou as pessoas a adquirirem novas habilidades para novos trabalhos em função de um possível aumento do desemprego. “Precisamos ter paciência. As pessoas que estão nas classes mais baixas da sociedade não vão ter acesso ao que muita gente tem. A desigualdade vai aumentar. A distância entre a camada mais rica e a mais pobre vai aumentar muito mais. Milhões de pessoas vão entrar na pobreza”, alertou.
Nova fase
Já o deputado Rafael Favatto (Patri) comentou sobre a segunda onda da pandemia em alguns países e citou como exemplo o que acontece na Austrália. “A segunda onda está pegando mais os jovens e não as pessoas de mais idade. Temos que ir para rua porque não dá para ficar parado esperando a segunda (onda). Devemos tomar todas as preocupações e com mais novas atitudes. A segunda onda da pandemia é quase certa. Temos de ter essas medidas em mente e mudar os hábitos de higiene”, desde questões simples, como arrumar os óculos no rosto, exemplificou Favatto.
Nota “A” e Camarões
A deputada Janete de Sá (PMN) comentou sobre a capacidade de pagamento do Espírito Santo, que continua tendo a nota A do Tesouro Nacional. Segue à frente, por exemplo, do estado de São Paulo. Ela explicou a importância da nota A, que demonstra a capacidade de pagamento, e “traz investimentos, um novo olhar do investidor e empréstimos. Com a capacidade de investimento vem também a capacidade de novos postos de trabalho. O desemprego aumentou, inclusive no estado”, disse. Janete agradeceu ao governo do Estado, secretário da Fazenda e auditores fiscais pelo trabalho que vem sendo feito. Só o Espírito Santo e Rondônia atingiram a nota máxima do Tesouro Nacional, de acordo com a parlamentar.
Duas toneladas de camarões vindos do estado de Santa Catarina foram apreendidas e despejadas no lixão pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), de acordo com informação do deputado Torino Marques (PSL). Ele relatou que os fiscais do Idaf alegaram que o camarão não poderia ser comercializado porque faltava selo sanitário do Serviço de Inspeção Federal (SIF). “Descartaram em lixão em vez de armazenado em gelo. Se fosse o caso, fosse doado e não jogado fora”. Torino denunciou que os pescadores acusaram os fiscais de pedir propina para liberar a mercadoria e pediu averiguação do caso, tendo sido apoiado pelos deputados Adilson Espindula (PTB) e Theodorico Ferraço (DEM). Ales.