“A mudança na tributação de LCA e LCI traz um sinal de alerta para o mercado de crédito privado. Esses papéis sempre foram instrumentos estratégicos para o financiamento da construção civil e do agronegócio, setores que sustentam boa parte da economia real. Ao perderem a isenção, tornam-se menos atrativos para o investidor, o que pode comprometer o volume de captação e pressionar o custo do crédito. Os FIDCs, que operam com base nesse ecossistema, também tendem a sentir os reflexos da menor liquidez e da elevação da percepção de risco”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.
“A mudança na tributação de LCIs e LCAs fragiliza instrumentos que sempre foram fundamentais para financiar setores estratégicos do país com segurança e previsibilidade. Ao eliminar a isenção, o governo desestimula o investidor e pode comprometer o fluxo de capital para áreas como construção civil e agronegócio, justamente onde há maior demanda por crédito estruturado e de longo prazo. Além disso, a medida eleva a percepção de instabilidade regulatória, o que pode afastar investimentos e reduzir a eficiência do mercado de capitais”, Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital.
“A retirada da isenção sobre LCA e LCI traz um impacto direto sobre instrumentos que historicamente viabilizam o crédito para setores estratégicos da economia, como a construção civil e o agronegócio. Ao reduzir a atratividade desses investimentos, o governo compromete o fluxo de capital para atividades produtivas que dependem fortemente dessas fontes de financiamento. Além disso, os FIDCs, que muitas vezes estruturam operações lastreadas nesses papéis, podem enfrentar um ambiente mais restritivo, com maior aversão ao risco e menor liquidez no mercado”, Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X.
“A MP do Haddad é um tiro no pé. Ao mirar nas isenções de LCA, LCI e FIDCs, o governo ameaça justamente os setores que mais sustentam o país: agro e construção. Isso afasta o investidor, encarece o crédito e trava o crescimento. O problema do Brasil segue o mesmo instabilidade fiscal que espanta o capital produtivo”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
Do ponto de vista dos investimentos, é natural que o mercado passe por uma fase de reprecificação, especialmente em produtos tradicionalmente isentos. O investidor buscará alternativas com melhor relação risco-retorno, o que pode ampliar o espaço para estruturas mais customizáveis e eficientes, como os FIDCs. Fundos de investimento em direitos creditórios se tornam ainda mais relevantes em um cenário onde crédito seletivo e capacidade de estruturação são diferenciais. Os FIDCs têm a flexibilidade de se adaptar a diferentes perfis de risco, setores e emissores, sendo uma ferramenta essencial para manter o fluxo de capital produtivo, especialmente para empresas fora do radar do crédito tradicional”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
A decisão de restringir a isenção fiscal de LCIs e LCAs, prevista na nova MP, representa um risco significativo para o financiamento do agronegócio e da construção civil, setores que dependem fortemente desses instrumentos para captar recursos de forma competitiva. Ao reduzir sua atratividade para o investidor pessoa física, a medida pode encarecer o crédito nessas cadeias produtivas. Também merecem atenção os potenciais efeitos colaterais sobre os FIDCs, especialmente os estruturados para lastrear operações com inadimplência controlada. O impacto fiscal imediato pode vir acompanhado de efeitos adversos no mercado de capitais e na economia real”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“A retirada da isenção de IR sobre investimentos como LCI e LCA representa uma mudança estrutural no ambiente de captação de recursos para setores essenciais da economia. Agronegócio e construção civil podem sofrer com a perda de atratividade desses papéis, e isso afeta diretamente a originação de crédito e a viabilidade de projetos. Além disso, os FIDCs tendem a ser contaminados por esse cenário de incerteza tributária, dificultando novas emissões e reduzindo a liquidez do mercado secundário. A decisão enfraquece a previsibilidade regulatória, algo fundamental para quem atua no mercado de capitais”,Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.
“A retirada da isenção sobre LCA e LCI representa um risco direto para o ecossistema de crédito privado no Brasil. Esses instrumentos são pilares no financiamento de setores vitais como o agronegócio e a construção civil, e qualquer mudança em sua atratividade pode gerar efeitos em cadeia, afetando desde a originação de crédito até a execução de projetos. Além disso, os FIDCs e as operações de risco sacado, que já operam com margens ajustadas, tendem a sofrer com a retração do investidor diante de um cenário tributário mais incerto. É uma medida que aumenta a aversão ao risco e enfraquece a previsibilidade do ambiente de negócios”, João Kepler, CEO da Equity Capital.
“A nova tributação sobre LCI e LCA eleva os riscos para os investimentos em crédito privado e afeta diretamente as operações de risco sacado, que são essenciais para o capital de giro de muitas empresas. Ao reduzir a atratividade desses papéis, a medida compromete a estrutura de capital de negócios que dependem desse tipo de financiamento e restringe ainda mais o acesso a crédito em um momento já marcado por juros elevados e seletividade bancária. É um retrocesso que impacta principalmente quem está tentando crescer ou se manter competitivo em um cenário desafiador”, Theo Braga, CEO da SME The New Economy.

“A queda de 0,4% nas vendas do varejo em abril reforça um movimento que temos acompanhado de perto: o consumidor está mais exigente, menos impulsivo e buscando marcas que entreguem valor real. No setor de moda e esportes, isso significa repensar o sortimento, investir em tecnologia e ampliar a conexão emocional com o cliente. Não se trata apenas de vender um produto, mas de oferecer uma experiência relevante, com propósito e performance. Mesmo com um crescimento de 4,8% na comparação anual, o ritmo desacelera e exige das marcas uma atuação mais estratégica, tanto no ponto de venda quanto no digital. Quem souber entender esse novo consumidor, com agilidade e autenticidade, vai sair na frente”, Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.