O suicídio é um problema de saúde pública em crescimento, especialmente entre jovens, um público que cada vez mais tem sido afetado por este problema e isso levou ao desenvolvimento que métodos e estratéguias que ajudam a compreender e prevenir essa qeustão.
O Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a matemática Michele Rodrigues e o físico Adriel Silva, todos superdotados, publicaram um estudo na revista Ciência Latina propondo uma fórmula matemática para compreender os fatores de risco associados ao suicídio, um feito inédito.
Um olhar multidimensional
“O modelo desenvolvido integra dados sobre neurotransmissores como serotonina e dopamina, níveis de cortisol e fatores sociais e psicológicos, permitindo estimar padrões de risco de forma mais abrangente”, explica resumidamente o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
O desenvolvimento do modelo busca identificar quem tem mais vulnerabilidade ao problema e assim direcionar melhor as medidas preventivas.
“Nosso objetivo é transformar dados complexos em ferramentas práticas que possam ajudar a identificar indivíduos em maior vulnerabilidade”, explica Michele Rodrigues.
O papel da neurobiologia
De acordo com o estudo, alterações nos sistemas de neurotransmissores e no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal afetam diretamente o controle das emoções e a impulsividade, fatores centrais na ideação suicida.
Apesar do modelo representar um avanço na compreensão do fenômeno, os pesquisadores ressaltam que ainda há desafios para validar a fórmula em diferentes populações e contextos.
“A ideia é que no futuro esse modelo auxilie na prevenção, orientando intervenções mais eficazes”, afirma Adriel Silva.