Terça-feira, 26 de Agosto de 2025
PORTAL IBATIBA ONLINE!
MUNDO DA SAÚDE 360!
DIÁRIO DA NAÇÃO!
CADERNO TECH!
PORTAL IGOSSIP NEWS!
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
No Result
View All Result
Home Diário da Nação! Sociedade

Mulheres cientistas revelam desafios da carreira

Redação I Via Agência Brasil Por Redação I Via Agência Brasil
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2022
Em Sociedade
Reading Time: 7 mins read
463 30
A A
0
Share on FacebookShare on Twitter

Desde menina, ela já dava aulas às bonecas sobre a estrutura do átomo e como dominar a transformação da matéria. Sonhava em ser professora, mas primeiro se formou em medicina, porque acreditou que esse era o caminho de unir as aptidões. 

“Eu sempre quis ser professora, talvez pelo fato de minha mãe acreditar que esse é o ofício mais honrado, e também por acreditar que tenho necessidade de cuidar e orientar. Fazer medicina foi o meio. Sempre me interessei pela ciência da vida e do indivíduo, e na minha cabeça de 18 anos, além de ser desafio para uma pessoa comum como eu, iria me trazer experiências humanas extraordinárias, dignas de Tolstoi, mas em campo de batalha hospitalar, em que o oponente e companheiro seria a doença”.

Foi assim que a cientista Rebecca Stival, pneumologista dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), e mestranda em medicina interna pela Universidade Federal do Paraná, conta como iniciou a carreira. Atualmente, estuda impactos e tratamentos de enfisema na doença pulmonar obstrutiva crônica.

No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado nesta sexta-feira (11), a Agência Brasil conversou com duas cientistas para apresentar panorama sobre o mercado de trabalho na área e como as meninas de hoje podem se tornar cientistas.

Papel da mulher na ciência

As contribuições que as mulheres podem oferecer à ciência, tecnologia e inovação são inúmeras, a começar pela resiliência, diz Rebecca. “A mulher tem como prerrogativa a resiliência. Por isso, o seu olhar para a ciência se torna importante. Acredito que por termos enorme capacidade de adaptação, que inclusive é biológica – basta olhar para uma mulher gestante, todas as variações hormonais e modificações corporais que ocorrem ao longo de nove meses –  enfrentamos adversidades e geramos soluções práticas rapidamente”.

Ela cita uma das mais famosas cientistas da história, Marie Curie, como  exemplo de resiliência às frustrações e resposta rápida e prática às adversidades. “Basta lembrar de sua contribuição para a realização de radiografias durante a Primeira Guerra Mundial, que beneficiou muitas pessoas em campo de batalha. Ela conseguiu transformar conhecimento de bancada em ferramenta de utilidade pública, outra característica importante de um cientista.

No entanto, o caminho para conquistar esse espaço não é fácil, e os homens ainda são maioria na área. De acordo com o relatório “A Jornada do Pesquisador pela Lente de Gênero”, publicado pela empresa holandesa Elsevier em 2020, a participação de mulheres nos mais diversos campos da ciência oscila entre 20%.

O Brasil figura entre os mais próximos do equilíbrio na proporção entre homens e mulheres na autoria de artigos científicos, com 0,8 mulher por cada homem. O desempenho é superior ao do Reino Unido, com 0,6, e ao dos Estados Unidos e da Alemanha, ambos com 0,5.

Para a professora e coordenadora de pós-graduação na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Cristina Baena, os desafios podem ser resumidos na questão da produtividade. “Se você olha, a produtividade anual das mulheres é a mesma, mas ao longo da carreira elas produzem menos, porque ficam menos tempo que os homens em papel de liderança na produção acadêmica e científica. Isso ocorre por causa da dificuldade da mulher de se manter nessa carreira juntando todas as responsabilidades que acumula”. 

Para a professora Cristina Baena os desafios das mulheres podem ser resumidos na questão da produtividade
Para a professora Cristina Baena os desafios das mulheres podem ser resumidos na questão da produtividade

Cristina Baena: desafios das mulheres podem ser resumidos na questão da produtividade – Arquivo pessoal

Na opinião da pesquisadora, há como incentivar a carreira da mulher cientista. “São questões básicas: por exemplo, a bolsa da pesquisadora deve levar em consideração a maternidade. Hoje, a gente não tem estrutura para acolher os filhos das pesquisadoras nem em eventos científicos, o que dificulta a presença delas. É preciso dar condições para essas mulheres continuarem na carreira, porque quando conseguem, há impacto muito importante na formação de recursos humanos e na produção científica”, defende Cristina, que passou por esse desafio e dividiu o tempo entre a criação de um filho enquanto fazia mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Muito antes da pandemia, Cristina tinha rotina muito comum à das mães que trabalharam e ainda trabalham em tripla jornada em casa, devido ao distanciamento social. “Houve período em que tive que fazer muitas escolhas difíceis, sobretudo financeiramente, porque vivia com a bolsa de doutorado. A minha receita diminuiu muito porque a bolsa no Brasil hoje tem valor muito pequeno, e me lembro claramente de um período em que tinha de responder e-mails em inglês para líderes internacionais. Ao mesmo tempo, precisava cozinhar o feijão, tinha que terminar a limpeza da casa e tinha que escrever um artigo, ir à reunião da escola do meu filho, então fui muito desafiada em todos os sentidos. Acho que se a gente não tem muita persistência, não tem ajuda, apoio, é natural que acabe desistindo mais cedo da carreira científica.

Hoje, Cristina Baena é coordenadora do ambulatório pós-covid montado pelo Hospital Universitário Cajuru, em parceria com a PUCPR, em Curitiba (PR), e coordenadora do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru. Ela participou de dezenas de estudos para compreender o comportamento da covid-19. O ambulatório que Baena coordena estudas as sequelas da doença e práticas para reverter esses problemas.  

Equidade na ciência

O último relatório do Fórum Econômico Mundial mostrou que a desproporção de gênero no trabalho aumentou, e apenas daqui a 267 anos o equilíbrio será alcançado. Ou seja, a atual geração de mulheres cientistas ainda não verá equidade na área, mas indica os caminhos para chegar lá.  

Para Rebecca Stival, salários iguais são o primeiro passo. “Buscar equiparação salarial nas funções que a mulher representa. Em 1928, [a escritora] Virginia Woolf já nos contou que só há possibilidade de criação depois de garantido o pão, a independência financeira. E é fato que a pesquisa no Brasil recebe pouco ou nenhum financiamento. Pesquisadores de dedicação exclusiva são raros”. 

A segunda medida, completa a cientista, é garantir equidade de acesso às mulheres, considerando seu papel intrínseco na perpetuação da espécie. “Apesar de direitos já adquiridos, mas ainda não completamente respeitados, o período de gestação e criação de uma criança, mesmo nos dias atuais – pasmem – ainda pode significar retrocesso profissional. E digo isso, pois já fui questionada, em entrevista de acesso a uma das minhas especializações, sobre o meu relacionamento conjugal e o meu desejo de ser mãe. Isso foi pelo menos uns 50 anos depois de minha mãe conquistar o seu CPF”. 

Já Cristina Baena, considera a longevidade na carreira um dos pontos para alcançar equidade. “Acho que vai haver certa equidade na ciência quando tivermos a mesma longevidade de carreira. E também quando a gente aqui no Brasil, principalmente, parar de ouvir que a formação acadêmica científica não é considerada trabalho. São mudanças culturais que a sociedade deve resolver antes de termos essa igualdade”.

Pandemia 

Mulheres cientistas, até então conhecidas somente no meio acadêmico, ficaram famosas no país pelo papel relevante na pesquisa sobre o novo coronavírus e na divulgação, destaca Cristina. “No Brasil, a gente pode citar a Ester Sabino, a Jaqueline de Jesus, que decodificaram o genoma dos primeiros casos de covid-19 em tempo recorde – informação que ajudou o mundo inteiro a combater a doença. Tivemos na mídia também algumas cientistas que fizeram papel muito importante de comunicadora, como Natalia Pasternak e Margareth Dalcolmo que são ótimos exemplo. A Mellanie Fontes Dutra é excelente exemplo no Twitter. A Luana Araújo, com formação científica, também se colocou de forma muito firme contra onda de fake news que estava tomando conta do país naquele momento”. 

Ela acredita ainda que outros exemplos servirão de inspiração. “Em níveis individuais e dentro dos hospitais, na produção de conhecimento rápido da pandemia, tivemos mulheres com papéis fundamentais. Tenho a impressão de que isso ajudou a inspirar algumas meninas que vêm na mulher cientista a contribuição que pode ser dada à sociedade”.

Rebecca Stival reforça: “As mulheres representam a maioria dos profissionais dedicados ao cuidado das pessoas, cuidar é uma prerrogativa da mulher. Somos aproximadamente 79% da força de trabalho na área da saúde. Apesar de o Ministério da Saúde ser ocupado por um homem, as batalhas na pandemia foram lideradas, em sua grande maioria, por mulheres cientistas”. 

Conselho 

Rebecca dá um conselho às meninas que têm o sonho de ser cientista. “Resiliência. Outras vieram antes para garantir o que conquistamos até agora, temos que persistir para assegurar plena equidade às que virão depois”. 

Sônia Baena dá a mesma sugestão feita às alunas que orienta em pesquisas na universidade. “Sobretudo no Brasil hoje, a formação e a carreira científica devem ser plano quase familiar. Porque vai haver ausências na família. É bom que alguém possa cobrir esse papel, um parceiro ou equivalente, que ajude na criação e na presença com os filhos. É uma sensação de recompensa muito grande quando a gente percebe que conseguiu produzir conhecimento, que é aplicado na ponta e tem impacto na vida das pessoas”, afirma.

Tags: cientistasdesafiosdia internacionalGeralmulheres
Advertisement Banner
Redação I Via Agência Brasil

Redação I Via Agência Brasil

Agência pública de notícias, a Agência Brasil mantém, como todos os veículos da EBC, o foco no cidadão e prima pelo interesse público, honestidade, precisão e clareza das informações que transmite.

Notícias Relacionadas!

freepik 3

Anatel justifica fim da obrigatoriedade do uso do código 0303

criança brincando © via freepik

Projeto busca garantir documento oficial gratuito a pessoas com TEA no Espírito Santo

mãe amamentando © freepik

Agosto Dourado reforça a importância do aleitamento materno e o apoio às mães lactantes

cesto de roupa © annie spratt i via unsplash

Sabão em pó falsificado pode danificar roupas, máquinas de lavar e causar alergias

deputado zé preto (pp) © lucas s costa i via ales

Projeto obriga capacitação de funcionários para atendimento a pessoas com autismo

31072025 pzzb6218

‘Nós temos que erradicar a violência da vida das mulheres’, afirma Márcia Lopes

Próximo Artigo

Operação da PM e PRF deixa pelo menos oito mortos no Rio de Janeiro

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Concordo com os Termos e Condições e a Política de Privacidade.

Recomendado!

Gilson Daniel já destinou mais de R$ 313 milhões em recursos para o Espírito Santo

Gilson Daniel já destinou mais de R$ 313 milhões em recursos para o Espírito Santo

homem é preso após prf recuperar veículo com registro de furto em ibatiba © prf

Homem é preso após PRF recuperar veículo com registro de furto em Ibatiba

celular © bruno peres i via agência brasil

Mais de 60% das denúncias de crimes na internet são de abuso infantil

lula conversa por telefone com o presidente da frança, emmanuel macron © ricardo stuckert i via pr

Lula conversa por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron

presidente do conselho de administração da companhia, pietro adamo sampaio mendes © tomaz silva i via agência brasil

Presidente do Conselho de Administração da Petrobras deixa o cargo

2c4aaf76 00cc 458c b5be 24ebe18104d9

Brasil e China avançam em diálogo sobre novos investimentos no setor ferroviário

Nossa Página no Facebook!

Correio Espírito Santo

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Sobre O Correio!

  • Termos de Uso
  • Política Privacidade
  • Contato!

Siga Nossas Redes!

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
No Result
View All Result
  • Caderno Tech!
  • Correio Cultural
  • Correio Esportivo
  • Diário da Nação!
  • Entre Linhas
  • Espírito Santo
  • iGossip News!
  • Mundo da Saúde 360!

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você concorda com o uso de cookies. Consulte nossa Política de Privacidade e Cookies.