Com 27 do total de 30 votos, o deputado Rodrigo Coelho (PDT) foi eleito nesta terça-feira (7), durante sessão ordinária, o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), ocupando a vaga aberta com a aposentadoria do então conselheiro José Antonio Almeida Pimentel.
O escolhido inicialmente concorria com outros seis candidatos, mas durante o processo de votação, o deputado Dary Pagung (PRP) retirou sua candidatura em apoio ao colega.
Os outros cinco concorrentes à vaga eram da própria Corte de Contas, e três deles receberam um voto cada: os auditores de controle externo Alexsander Binda Alves (voto do deputado Sergio Majeski, do PSB) e Jaderval Freire Júnior (voto do deputado Euclério Sampaio, do DC) e o conselheiro substituto Marco Antônio da Silva, que recebeu o voto do deputado Theodorico Ferraço (DEM).
Também foram inscritos para concorrer o auditor Odilson Souza Barbosa Júnior e Holdar de Barros Figueira Netto, que não computaram votos dos parlamentares. A votação foi nominal, com os parlamentares sendo chamados pela Mesa Diretora a manifestarem seus votos nos microfones de aparte do plenário.
Após o resultado, Rodrigo agradeceu a todos os 30 deputados, independente dos votos, pelo respeito e pela responsabilidade que lhe foi dada “de ser um político para trabalhar e honrar essa categoria que precisa de mais homens de bem”. Segundo disse, para o político, a criminalização da política não é um mecanismo ideal para a democracia.
Rodrigo agradeceu também ao governador Paulo Hartung (MDB) pela confiança na função de líder do governo na Assembleia Legislativa (Ales), o que teria ajudado a mostrar sua competência e capacidade para os demais parlamentares.
“Nesse momento, escolhendo um conselheiro de sete. Tenhamos nós a formação que tivermos, a justiça não estará sozinha em nós. Estamos falando de um tribunal que tem na sua composição a prerrogativa para várias escolhas. Nós temos na Casa a liberdade para que os deputados com suas experiências possam promover o equilíbrio na corte”, avaliou.
Coelho alertou ainda que a simples existência do TCE não impediu ao longo do tempo que houvesse precarização no setor público, e que “é preciso que a gente qualifique cada vez mais esse tribunal que tem promovido grandes avanços”.
Perfil
Formado em Ciências Contábeis e com pós-graduação em Gestão Pública, Rodrigo Coelho foi vendedor, auxiliar de escritório e professor de informática. Foi secretário municipal de Governo de Cachoeiro de Itapemirim e secretário de Estado de Ação Social e Direitos Humanos. Ocupa o segundo mandato como deputado estadual. O primeiro, como suplente nas eleições de 2010, foi assumido em 2012. Já no pleito de 2014 foi reeleito com 23.201 votos.
Processo
O processo de escolha dos nomes dos sete conselheiros do Tribunal de Contas é norteado pela Constituição Estadual e pelo Regimento Interno da Casa. Quatro vagas são de indicação da Assembleia Legislativa e as demais do governador do Estado, mas com aprovação do Legislativo estadual.
Os requisitos para candidatar-se são: idade entre 35 e 65 anos, idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis ou econômicos e financeiros ou de administração pública, além de comprovação de 10 anos de exercício de atividade nas áreas mencionadas.
Assembleia Legislativa do Estado do Espirito Santo (Ales)