Segunda-feira, 25 de Agosto de 2025
PORTAL IBATIBA ONLINE!
MUNDO DA SAÚDE 360!
DIÁRIO DA NAÇÃO!
CADERNO TECH!
PORTAL IGOSSIP NEWS!
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
No Result
View All Result
Home Mundo da Saúde 360! Saúde

Mais informação faz com que adultos descubram que vivem com autismo

Redação I Via Agência Brasil Por Redação I Via Agência Brasil
Sábado, 2 de Abril de 2022
Em Saúde
Reading Time: 4 mins read
473 20
A A
0
Share on FacebookShare on Twitter

“Era bom estar sozinha. Era um ambiente novo e a ideia de conhecer as pessoas me apavorava. Isolar-me no silêncio e sem contato social era confortável”, escreveu a atriz e educadora Fabrícia Eliane no conjunto de textos que chama de minimemórias atípicas. Os trabalhos refletem sobre como foi viver 37 anos sem saber que tinha um grau leve do transtorno autista. Ela só foi diagnosticada no processo de buscar tratamento para as dificuldades do filho, há pouco mais de dois anos.

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado hoje (2), a educadora revela que sempre percebeu peculiaridades em Arthur, que à época do diagnóstico tinha 9 anos de idade. Porém, foram os problemas dele em acompanhar o ritmo da escola que levaram a família a buscar um apoio mais consistente para lidar com esses obstáculos. “Ele foi crescendo e, na escola, tinha dificuldades com a alfabetização. Uma dificuldade muito grande de fazer as tarefas”, diz.

Muito antes disso, ela já havia percebido que o menino não lidava bem com determinadas situações cotidianas. Desde que ele era bebê, eu percebia que provavelmente deveria ter déficit de atenção, porque era difícil amamentar, qualquer som externo e ele se distraia muito”, lembra.

Mais informação disponível

A identificação do transtorno foi um choque para Fabrícia. “Como eu, mãe super atenta, educadora, não percebi?”, se questionava. “Depois de passar esse período de me culpar, eu fui estudar para entender como poderia contribuir melhor”, conta. O aprofundamento da pesquisa levou a educadora a perceber em si mesma muitos dos sinais indicativos do autismo.

Segundo o neurologista da infância e adolescência do Hospital Albert Einstein, Erasmo Barbante Casella, muitas pessoas enquadradas no espectro leve do autismo, hoje, adultos na faixa de 25 ou 30 anos, não foram diagnosticados quando crianças. “Nesse período, os médicos não tinham uma formação na faculdade, na residência, sobre o que é o autismo. Havia uma dificuldade de identificar casos mais leves”, ressalta. Segundo ele, as informações sobre o tema passaram a ser muito mais difundidas nos últimos 10 anos.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode causar dificuldade na comunicação falada e não verbal, além de afetar a sociabilidade.

Mesmo atualmente, de acordo com Casella, nem sempre o diagnóstico é fácil e algumas famílias, às vezes, resistem a aceitar a condição. “A gente, como pai, às vezes, tem uma negação, tem medo de ouvir. Você começa a suspeitar, as pessoas ficam cheias de dedos para falar”, diz. Ele conta que é comum que a família relate a suspeita ao final de uma consulta motivada por outras razões, “quando todo mundo já está de pé”.

Conflitos

Fabrícia acredita que, além da falta de informação dos médicos, quando era mais jovem, o comportamento mais retraído devido ao autismo acabava atendendo algumas expectativas sociais. “Quando você é mulher, o fato de você ser mais reservada, mais tímida, são consideradas como qualidades. Então, passa muitas vezes batido, você tenta mascarar tudo que você sofre, tudo que você sente”, reflete.

Ao mesmo tempo, por não ser entendida como uma situação mais complexa, para além de um traço de personalidade, Fabrícia diz que também enfrentou conflitos. Foi difícil fazer amigos no período de escola e faculdade, e existiam divergências até dentro do relacionamento com o companheiro. “Ele queria ir para barzinhos, sair à noite. Eu me sentia super desconfortável. Eu tive muitas brigas por conta dessa questão”, relata.

Ela explica que o barulho e a interação social causam ansiedade e um profundo desgaste. “Quando eu fico muito tempo com outras pessoas, tendo que fazer social, acaba sendo muito desgastante. Se você fica muitas horas, é como te tirasse da tomada. Às vezes dá dor de cabeça, enjoo”, detalha.

Se tivesse sabido mais cedo da própria condição, Fabrícia acredita que poderia ter tomado decisões melhores sobre como conduzir a vida pessoal e profissional. “Se eu tivesse tido esse diagnóstico precoce talvez eu tivesse conseguido fazer esse direcionamento das escolhas mais direcionado às minhas potencialidades”, diz.

Como exemplo, ela reflete sobre a profissão de professora. “Embora tenha várias coisas que eu ame no meu trabalho com crianças, tem outras que me agridem tanto que me impedem que eu possa trabalhar. É frustrante”, desabafa.

Diagnóstico precoce

Erasmo Casella explica que, quando o transtorno é identificado ainda na infância, é possível trabalhar diversas formas de estímulos para contornar as dificuldades enfrentadas pelas crianças. “Algumas melhoram e são bem funcionais. A qualidade de vida das crianças que são tratadas adequadamente é completamente diferente”, ressalta.

A identificação do autismo pode ser feita, segundo o médico, por profissionais como o neurologista infantil, o psiquiatra infantil e o pediatra do desenvolvimento. O acompanhamento multidisciplinar pode envolver terapia motivacional e fonoaudiologia.

A complexidade do autismo acaba dificultando, de acordo com Casella, o diagnóstico e tratamento do transtorno. “Não é fácil, porque é tudo muito caro. Um profissional consegue atender poucos casos. Teria que ser montado serviços de atendimento para crianças com autismo e com uma equipe multiprofissional”, opina.

Saber da própria condição levou Fabrícia a trabalhar o tema de diversas formas, entre elas um espetáculo solo de palhaçaria em que traz as dificuldades que enfrentou em diversos momentos da vida. “Estar em cena é o momento que eu me sinto podendo ser eu mesma. Tem uma máscara que me protege, mas revela muita coisa”, diz.

No palco, aparecem características que marcaram sua vida e a relação com as outras pessoas. Uma delas, que divide com o filho, é a dificuldade para entender piadas. Ali, surgem ainda as pequenas confusões com a direita e a esquerda e outros detalhes que não costumavam passar desapercebidos por quem convivia com ela. “Estudei palhaçaria durante muitos anos, Na palhaçaria você acaba revelando do que você é, sem forçar o riso nos outros”, diz.

Enquanto lida com as próprias questões, Fabrícia também ajuda Arthur, hoje com 12 anos, com as dificuldades do autismo na pré-adolescência. “Ele me pergunta todo o tempo o que tem que ser feito – ‘Hoje eu lavo o cabelo ou não lavo’”, exemplifica. Devagar, ela tenta guiar para que ele mesmo encontre a resposta. “Você lavou ontem? Como está o clima hoje, está úmido?”, diz sobe como tenta incentivar as reflexões do menino. “Eu trabalho o máximo que de para que ele tenha autonomia”.

Tags: adultosautismoInformaçãoSaúde
Advertisement Banner
Redação I Via Agência Brasil

Redação I Via Agência Brasil

Agência pública de notícias, a Agência Brasil mantém, como todos os veículos da EBC, o foco no cidadão e prima pelo interesse público, honestidade, precisão e clareza das informações que transmite.

Notícias Relacionadas!

novo burger © divulgação embrapa

Colesterol alto pode aumentar o risco para doenças cardiovasculares

teste de biologia molecular dna hpv joão risims

Novo teste DNA-HPV deve beneficiar 7 milhões de mulheres por ano no Brasil

exercicio © anna stampfli na unsplash

Atividade física pode virar política pública de saúde no Espírito Santo

deputado lucas polese (pl) © kamyla passos

Lucas Polese propõe hemocentro para atendimento especializado no sul do ES

coração © freepik

Seu coração está saudável? 5 sinais que indicam como está sua saúde cardiovascular

diagnósticos em estágios iniciais têm taxa de sobrevida de 80% a 90% em cinco anos, contra menos de 10% no estágio iv imagem ilustrativa freepik.

Câncer de pulmão: saiba mais sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença

Próximo Artigo

Documentário Vivendo com o autismo tem destaque na TV Brasil

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Concordo com os Termos e Condições e a Política de Privacidade.

Recomendado!

Gilson Daniel já destinou mais de R$ 313 milhões em recursos para o Espírito Santo

Gilson Daniel já destinou mais de R$ 313 milhões em recursos para o Espírito Santo

homem é preso após prf recuperar veículo com registro de furto em ibatiba © prf

Homem é preso após PRF recuperar veículo com registro de furto em Ibatiba

celular © bruno peres i via agência brasil

Mais de 60% das denúncias de crimes na internet são de abuso infantil

lula conversa por telefone com o presidente da frança, emmanuel macron © ricardo stuckert i via pr

Lula conversa por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron

presidente do conselho de administração da companhia, pietro adamo sampaio mendes © tomaz silva i via agência brasil

Presidente do Conselho de Administração da Petrobras deixa o cargo

2c4aaf76 00cc 458c b5be 24ebe18104d9

Brasil e China avançam em diálogo sobre novos investimentos no setor ferroviário

Nossa Página no Facebook!

Correio Espírito Santo

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Sobre O Correio!

  • Termos de Uso
  • Política Privacidade
  • Contato!

Siga Nossas Redes!

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
No Result
View All Result
  • Caderno Tech!
  • Correio Cultural
  • Correio Esportivo
  • Diário da Nação!
  • Entre Linhas
  • Espírito Santo
  • iGossip News!
  • Mundo da Saúde 360!

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você concorda com o uso de cookies. Consulte nossa Política de Privacidade e Cookies.