Sexta-feira, 12 de Setembro de 2025
PORTAL IBATIBA ONLINE!
MUNDO DA SAÚDE 360!
DIÁRIO DA NAÇÃO!
CADERNO TECH!
PORTAL IGOSSIP NEWS!
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
No Result
View All Result
Home Diário da Nação! Sociedade

Entre microscópios e telescópios, brasileira descobre 25 asteroides

Redação I Via Agência Brasil Por Redação I Via Agência Brasil
Sábado, 22 de Janeiro de 2022
Em Sociedade
Reading Time: 6 mins read
488 5
A A
0
Share on FacebookShare on Twitter

É entre microscópios e telescópios que a estudante de medicina Verena Paccola Menezes, de 22 anos, passa boa parte de seu tempo. Se, por um lado, o primeiro instrumento a ajuda nos caminhos que trilha para se tornar uma neurocirurgiã, é pelo telescópio que ela anteviu uma outra possibilidade: a medicina espacial, paixão que surgiu após, nos momentos de hobby, ter descoberto 25 asteroides. Um deles, classificado como raro pela órbita diferenciada que poderá colocá-lo na direção da Terra.

Nos momentos livres, Verena é uma “caçadora de asteroides”. Mas a verdade é que ela, desde criança, sempre se considerou uma cientista.

“A ciência sempre esteve presente na minha vida. Nem lembro quando comecei a me interessar. Brinco que já nasci cientista porque, para mim, fazer ciência e ser cientista é fazer perguntas, questionar o mundo e ir atrás das respostas por conta própria, sem se contentar com o superficial. Sempre vivi dessa forma. Sempre fui uma criança muito curiosa para descobrir o mundo”, disse a estudante de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que é também técnica de Enfermagem.

Brinquedo na escola

Verena ganhou o primeiro microscópio quando tinha apenas 4 anos de idade. “Eu o levava como brinquedo para a escola, enquanto minhas amigas levavam bonecas e jogos”, lembra. O telescópio veio um pouco depois, aos 8 anos. “Tenho ele até hoje no meu quarto principalmente para olhar a Lua”, disse a estudante, que há dois anos cursa a faculdade da USP em Ribeirão Preto, onde faz pesquisas sobre Alzheimer.

“Microscópio e telescópio representam coisas diferentes na minha vida. O microscópio é mais voltado para minha profissão porque envolve o que quero trabalhar, que é a medicina e a área acadêmica. O telescópio é mais um hobby, devido à minha curiosidade – o que abrange também céu e espaço. Sempre tive curiosidade para saber o que existe para além do que a gente pode ver. Amo os dois instrumentos”, resume ela à Agência Brasil.

O curso técnico de enfermagem foi feito durante o ensino médio, na Unicamp entre 2015 e 2017. Foi ali que ela começou a viver o ambiente hospitalar de forma mais profissional para, em seguida, já formada e no Hospital Albert Einstein (SP), fazer pesquisas na área de neurociência computacional para crianças do espectro autista.

Em 2019, representou o Brasil na Assembleia da Juventude nas Nações Unidas (ONU) e se mudou para o Canadá, onde iniciou graduação em neurociência. “Só que sempre sonhei em fazer medicina na USP, o que acabou voltando aos meus planos após ter de retornar ao Brasil porque, em termos financeiros, estava inviável continuar no Canadá”.

Recomeço

O problema é que a jovem, que já era uma pesquisadora, teve de começar tudo de novo, para entrar na USP. “Fazia muito tempo que eu tinha feito o curso médio, e já não lembrava bem do conteúdo. Tive de reaprender tudo do zero. Não foi uma fase legal, depois de fazer tanta pesquisa, voltar a estudar as matérias do ensino médio. Vivi muita pressão”.

E foi exatamente a angústia de não praticar ciência que a fez avançar em uma outra paixão: a astronomia. “Eu precisava de algo científico para me estimular. Foi quando me deparei, em um grupo de Whatsapp, com essa oportunidade de aprender a caçar asteroide”.

Ela fez então todo um treinamento que a capacitou para o novo hobby. “Gostei muito disso. Depois de capacitada, comecei a usar o software que eles usam para caçar asteroides. Eu recebia imagens tiradas por um telescópio do Havaí. Cada pacote de imagens feitas pelo telescópio era composto de quatro imagens tiradas com diferença de segundos. Eu pegava esse pacote de imagens e o jogava no software que as piscava seguidamente, em ordem. Como elas tinham diferença de tempo, dava para perceber se alguma coisa se movia no Espaço”.

Quando Verena encontrava algum pontinho se movimentando, fazia a análise numérica do objeto para ver se ele se encaixava nos padrões de um asteroide. Caso o resultado fosse positivo, ela gerava um relatório e o enviava para o centro internacional que estuda isso em Harvard (EUA).

Foi dessa forma que ela descobriu nada menos que 25 novos asteroides. Diante do feito, foi convidada, em dezembro do ano passado, a receber uma medalha de ordem ao mérito, dada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Brasília, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Verena Paccola, 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) - MCTI
Verena Paccola, 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) - MCTI

Verena Paccola recebe medalha de ordem ao mérito do MCTI- Neila Rocha (ASCOM/SEAPC/MCTI)

Asteroide raro

“Acabei recebendo mais que uma medalha. Quando achei que a premiação tinha acabado, me chamaram novamente ao palco para receber um troféu. Foi ali que me contaram que eu havia descoberto um asteroide importante e raro, que segue uma órbita diferente em torno do Sol”.

Normalmente os asteroides do Sistema Solar estão localizados entre Marte e Júpiter, onde fica o chamado Cinturão Principal. Um dos asteroides descobertos por Verena seguia uma órbita diferente da dos demais, o que aumenta as possibilidades de sua rota coincidir com a do planeta Terra.

“Agora a gente tem de ver para onde ele está indo, de forma a prever possíveis impactos com a Terra. Não sei se isso vai acontecer. A possibilidade existe, mas se a gente olhar para as dimensões do Universo, vemos que a probabilidade é muito pequena”, diz ela, esperançosa de que sua descoberta não seja algo apocalíptico semelhante à história contada no filme Não Olhe para o Cima, na qual uma pesquisadora descobre um cometa com rota em direção a Terra, que dará fim à vida no planeta.

“Fiquei chocada com esse filme. Ele é muito bom até do ponto de vista científico. É também o retrato da sociedade e da mulher na ciência. Claro que me identifiquei muito com a personagem por também ser uma mulher na ciência. E, na ciência, as mulheres, além de não serem ouvidas, vivem em um contexto no qual é o homem quem leva a maioria dos créditos. No filme, ela inclusive foi tachada de louca”.

Na avaliação da estudante caçadora de asteroides, o filme vai além, abordando a humanidade atual como um todo. “Fala muito sobre essa onda negacionista que vivemos no Brasil. Dá para relacionar a muitos assuntos, além de um cometa ou um asteroide. É também uma metáfora para a questão do aquecimento global, que os cientistas tanto falam que está acontecendo e que ninguém ouve. Mostra também o peso da economia em decisões”, argumenta.

Futuro

As oportunidades abertas pela astronomia à estudante de medicina estão fazendo-a repensar os planos para o futuro. “Tenho certeza de que realizarei o sonho de me formar em medicina. Estou no segundo ano do curso e tudo segue para que eu faça residência em neurocirurgia”, diz a caçadora de asteroides. “Só que agora eu tenho uma pulga atrás da orelha”, acrescentou.

Essa “pulga” foi colocada pelo presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura. “Depois da premiação em Brasília, visitei a agência. Lá, ele me falou sobre medicina espacial, que até então eu não conhecia porque não é uma área muito divulgada aqui no Brasil como especialização”.

O assunto despertou o interesse de Verena. “Comecei então a pesquisar e vi que tem médicos que estão no espaço agora, fazendo pesquisas em gravidade zero para ver como determinados tecidos se desenvolvem; como algumas células se multiplicam. É muito legal. E tem médicos desenvolvendo tecnologias para as pessoas irem ao espaço. É uma área muito grande que eu nem imaginava existir. Agora, é uma nova área para explorar e considerar para o meu futuro. Mas vamos ver”.

“Por enquanto, vou continuar caçando asteroides e, se tudo der certo, ser também treinadora de caçadores de asteroides para que outras pessoas façam o mesmo e formemos equipes. Planejo fazer isso pelo meu Instagram”, completou.

Tags: AsteroideCientistaGeralVerena Paccola Menezes
Advertisement Banner
Redação I Via Agência Brasil

Redação I Via Agência Brasil

Agência pública de notícias, a Agência Brasil mantém, como todos os veículos da EBC, o foco no cidadão e prima pelo interesse público, honestidade, precisão e clareza das informações que transmite.

Notícias Relacionadas!

detran es comunica período de recesso de provas práticas © divulgação

Deputados discutem proposta que pode acabar com cursos obrigatórios para obtenção da CNH

freepik 3

Anatel justifica fim da obrigatoriedade do uso do código 0303

image (5)

Quando ser muito inteligente pode ser um problema: Estudo revela perfil emocional delicado em superdotados

criança brincando © via freepik

Projeto busca garantir documento oficial gratuito a pessoas com TEA no Espírito Santo

mãe amamentando © freepik

Agosto Dourado reforça a importância do aleitamento materno e o apoio às mães lactantes

cesto de roupa © annie spratt i via unsplash

Sabão em pó falsificado pode danificar roupas, máquinas de lavar e causar alergias

Próximo Artigo

Ministério promove vacinação contra a covid-19 na Região Norte

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Concordo com os Termos e Condições e a Política de Privacidade.

Recomendado!

petrobras © divulgação i via petrobras

Petrobras produz pela primeira vez combustível de aviação com óleo vegetal

IBGE projeta safra recorde de 341,2 milhões de toneladas em 2025

vanderlei m barros, o presidente da (aila) josé ribeiro sobrinho e a presidente da (alaveni) ireni peterle

Caparaó presente nas comemorações dos 104 anos da Academia Espírito-santense de Letras

imagem do whatsapp de 2025 09 09 à(s) 13.14.13 cb460840

Airbnb em xeque: modelo de locação enfrenta questionamentos judiciais no NE

ibatiba recebe mais de r$ 14 milhões em investimentos em educação e saúde © mateus fonseca i via governo es

Ibatiba recebe mais de R$ 14 milhões em investimentos em Educação e Saúde

cidade de ibatiba ganha novos equipamentos esportivos, praças e centros de lazer © mateus fonseca i via governo es

Cidade de Ibatiba ganha novos equipamentos esportivos, praças e centros de lazer

Nossa Página no Facebook!

Correio Espírito Santo

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Sobre O Correio!

  • Termos de Uso
  • Política Privacidade
  • Contato!

Siga Nossas Redes!

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
No Result
View All Result
  • Caderno Tech!
  • Panorama Cultural
  • Arena Total!
  • Diário da Nação!
  • Entre Linhas
  • Espírito Santo
  • iGossip News!
  • Mundo da Saúde 360!

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você concorda com o uso de cookies. Consulte nossa Política de Privacidade e Cookies.