Sexta-feira, 12 de Setembro de 2025
PORTAL IBATIBA ONLINE!
MUNDO DA SAÚDE 360!
DIÁRIO DA NAÇÃO!
CADERNO TECH!
PORTAL IGOSSIP NEWS!
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
  • Home
  • Agro
  • Cultura
  • Economia
  • Esportes
  • Justiça
  • Mundo
  • Politica
  • Saúde
  • Segurança
  • Sociedade
  • Tech
No Result
View All Result
Correio Espírito Santo
No Result
View All Result
Home Diário da Nação! Sociedade

Em Brasília, 19h: corres e lutas na “rodô”, a rodoviária da capital

Redação I Via Agência Brasil Por Redação I Via Agência Brasil
Quinta-feira, 21 de Abril de 2022
Em Sociedade
Reading Time: 10 mins read
463 30
A A
0
Share on FacebookShare on Twitter

Em Brasília, 19h.  

A famosa frase que abre o programa a Voz do Brasil  anuncia o horário oficial do país e desperta uma curiosidade.  Afinal, como é a vida na capital, além do trabalho nos ministérios e autarquias federais? 

Na rodoviária da cidade, na hora de voltar para casa, percebe-se uma cidade se move, se ouve. Na escada rolante. Na escada estática. Em movimentos, pela disputa pelo metro quadrado.

– Olha o amendoim. Um real. Baratinho – grita a vendedora Luciana Azevedo, de 35 anos.

– Olha a bolsa. Olha a mochila novinha – oferece Ambrósio Santos, de 49, à fila que se formou.

– Compro ouro, compro ouro – clama Thiago Neri, de 21.

O vendedor de ouro, Thiago Neris, da entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília
O vendedor de ouro, Thiago Neris, da entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília

O vendedor de ouro, Thiago Neris, da entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Todos querem chegar à fila para o próximo ônibus. “Corre para não perder a vez”, gritam da janela de um dos carros. “Olha a fila”. O ônibus aquece. A luz do dia vai se apagando. “Olha a fila. Vamos! Quero ir pra casa, moço!”, diz a padeira Claudia Azevedo, de 50 anos

Há pressa nos olhares e nos passos. Chegadas e partidas nas caminhadas feitas em filas, em linhas retas, em corridas curvas. Há pressa, mas também é preciso moderar o passo, como em um cortejo, para não pisar o pé da frente. Esses passos corridos fazem o som que compete com o barulho dos motores dos ônibus. O cheiro da fumaça dos coletivos se mistura com o da pipoca, do amendoim, do pastel, do tacho de cocada… é a volta para casa na terceira metrópole brasileira, de mais de 3 milhões de habitantes, onde transitam cerca de 1,9 milhão de veículos, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

produção de fotos para matéria de aniversário de Brasília
produção de fotos para matéria de aniversário de Brasília

Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Rodoviária do Plano Piloto é um terminal de ônibus de pelo menos 284 linhas que rodam no Distrito Federal e cidades do Entorno de estados vizinhos. É como uma cidade por onde passam 700 mil pessoas por dia. Fica exatamente no coração da cidade, no centro das asas Sul e Norte, do Plano Piloto fundado em 1960. Está no cruzamento do eixos Monumental e Rodoviário, com vista para a Esplanada dos Ministérios. É como um espelho que reflete corres e lutas que humanizam aquela que parece ser apenas uma cidade administrativa. No anoitecer, o coração da capital pulsa forte.

produção de fotos para matéria de aniversário de Brasília
produção de fotos para matéria de aniversário de Brasília

Pelo menos 284 linhas que rodam no Distrito Federal e cidades do Entorno de estados vizinhos passam pela rodoviária de Brasília – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O arquiteto Lucio Costa, que projetou a “capital da esperança”, se surpreendeu quando voltou à Brasília, na década de 1980, e deparou-se com a rodoviária. “Ao invés daquele centro cosmopolita requintado que eu tinha elaborado, [a plataforma] tinha sido ocupada pela população periférica, a população daqueles candangos que trabalham em Brasília”, constatou. “O povo dando vida, dando sangue, dando suor, dando suas lágrimas. Esse foi um grande momento da criação do projeto e da realidade que o próprio Lúcio Costa viu. Foi um tsunami de emoção do grande urbanista”, contextualiza o professor de urbanismo Frederico Flósculo, em entrevista à Agência Brasil.

Ouça trecho de entrevista:

Hoje, aos 62 anos de Brasília – completados nesta quinta-feira (21) -, Flósculo entende que a periferia deva ser respeitada e reconhecida na história da cidade. “Nós não temos uma periferia: aqui nós temos uma centralidade de povo, que ergueu uma espécie de altar em sacrifício à essa coisa cotidiana de fazer a cidade”. 

Faz a cidade de Brasília a paraibana Claudia Azevedo, de 50 anos, na fila à espera pelo ônibus para a Asa Norte. Ela deixou João Pessoa para mudar de vida no Distrito Federal – um sonho concretizado em 1986. Foi morar na Cidade Ocidental, a 50 quilômetros da capital. Foi cuidadora de idoso. Foi doméstica. Foi feliz. No último emprego, aprendeu a fazer pão artesanal e virou padeira. Para isso, acostumou-se com a madrugada. Para chegar cedo ao trabalho, acorda às 4h. Vai para a rodoviária e ruma para a padaria. “O pão demora dez horas para ser feito. É por fermentação natural. Fazer pão é como uma terapia. Na verdade, Brasília me deu muitas oportunidades”. Ela organiza-se para ir para casa às 19h.

A padeira Claudia Azevedo, dá entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília
A padeira Claudia Azevedo, dá entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília

A padeira Claudia Azevedo mora em Brasília desde 1986 – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Depois de um dia inteiro na lida atento, o segurança pernambucano Antônio Silva, de 59 anos, também não vê a hora de chegar em casa. Está com os olhos cansados e não quer saber de foto. Ainda está de paletó e gravata (agora um pouco afrouxada de final de dia). Conversa baixo enquanto percorre o caminho à escada do ônibus. Há 30 anos, deixou Betânia (PE). Hoje vive com os dois filhos e três netos no Paranoá, região administrativa que cresceu ao redor do canteiro de obras para a construção da barragem.

Dezenove horas é o fim do expediente também para o vendedor de bolsas e mochilas Ambrósio Santos, de 49. Em 2012, ele deixou a cidade de São Domingos do Maranhão (MA), com a família. Foram 24 horas de ônibus ou 1,7 mil quilômetros, para, sem arrependimentos, tentar a vida. Hoje, mora na Ceilândia, a maior região administrativa do Distrito Federal, com 450 mil habitantes. No ônibus, carrega a marmita para não pesar no orçamento gastos com restaurante. “Aprendi a gostar daqui. Meus filhos são adultos e estão fazendo faculdade. Dependem ainda de mim”, explica, na área do térreo da plataforma.

O  vendedor de mochilas, Ambrosio Santos,  da entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília
O  vendedor de mochilas, Ambrosio Santos,  da entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília

O vendedor de mochila Ambrosio Santos mudou-se de São Domingos do Maranhão para Brasília – Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Lá acima da escada rolante, a vendedora Luciana Azevedo, de 35 anos, também não se arrepende de ter deixado a cidade de Patos (PB) há dois anos. Hoje, vende canudos de amendoim no final da escada rolante “para completar a renda”. Já trabalhou como doméstica e ainda tem sonhos. Quer ter o próprio salão de beleza. Hoje, vende o amendoim por R$ 1, das 14h às 19h. “Confio porque é uma terra de oportunidades. Meu marido é porteiro e um dia queremos viver melhor”.

A vendedora de amendoim, Luciana Azevedo, dáentrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília
A vendedora de amendoim, Luciana Azevedo, dáentrevista à Agencia Brasil sobre sua vida em Brasília

A vendedora de amendoim Luciana Azevedo sonha em ter o próprio salão de beleza: “Confio porque é uma terra de oportunidades” – Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O cheiro do amendoim no alto da plataforma mistura-se ao da cocada e do quebra-queixo no carrinho da comerciante brasiliense Milena Souza, de 21 anos.  Mistura-se ainda o presente e o sonho de futuro: fazer um concurso para a Polícia Civil. O estudo soma-se à rotina de preparo do coco com açúcar, que dura até duas horas e precisa ficar pronto para a manhã seguinte. “Sonhar não custa nada. Não vou desistir”

Com também dois expedientes, a recepcionista brasiliense Lucineide Cardoso, de 39 anos, aproveita o horário de pico para fazer um bico até às 19h. Ela entrega jornal gratuito na subida da escada rolante. “Quando termina essa montanha, pego o ônibus para casa, baita trânsito para o Paranoá”. Chega às 20h, quando busca as novidades que não estão no jornal que ela distribui nem na rádio que toca no ônibus. “As minhas filhas me esperam para contar como foi o dia. Aí passa até o cansaço”.   

A entregadora de jornal, Lucineide Cardoso, dá entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida iem Brasília
A entregadora de jornal, Lucineide Cardoso, dá entrevista à Agencia Brasil sobre sua vida iem Brasília

Lucineide Cardoso entrega jornais durante o horário de pico na rodoviária de Brasília – Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Assista ao episódio do Caminhos da Reportagem sobre os 60 anos de Brasília, exibido em 2020:

Tags: Aniversário de BrasíliaBrasíliaBrasília 62 anosGeralLúcio CostaPlano Piloto
Advertisement Banner
Redação I Via Agência Brasil

Redação I Via Agência Brasil

Agência pública de notícias, a Agência Brasil mantém, como todos os veículos da EBC, o foco no cidadão e prima pelo interesse público, honestidade, precisão e clareza das informações que transmite.

Notícias Relacionadas!

detran es comunica período de recesso de provas práticas © divulgação

Deputados discutem proposta que pode acabar com cursos obrigatórios para obtenção da CNH

freepik 3

Anatel justifica fim da obrigatoriedade do uso do código 0303

image (5)

Quando ser muito inteligente pode ser um problema: Estudo revela perfil emocional delicado em superdotados

criança brincando © via freepik

Projeto busca garantir documento oficial gratuito a pessoas com TEA no Espírito Santo

mãe amamentando © freepik

Agosto Dourado reforça a importância do aleitamento materno e o apoio às mães lactantes

cesto de roupa © annie spratt i via unsplash

Sabão em pó falsificado pode danificar roupas, máquinas de lavar e causar alergias

Próximo Artigo

Capital federal faz 62 anos com extensa programação cultural

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Concordo com os Termos e Condições e a Política de Privacidade.

Recomendado!

petrobras © divulgação i via petrobras

Petrobras produz pela primeira vez combustível de aviação com óleo vegetal

IBGE projeta safra recorde de 341,2 milhões de toneladas em 2025

vanderlei m barros, o presidente da (aila) josé ribeiro sobrinho e a presidente da (alaveni) ireni peterle

Caparaó presente nas comemorações dos 104 anos da Academia Espírito-santense de Letras

imagem do whatsapp de 2025 09 09 à(s) 13.14.13 cb460840

Airbnb em xeque: modelo de locação enfrenta questionamentos judiciais no NE

ibatiba recebe mais de r$ 14 milhões em investimentos em educação e saúde © mateus fonseca i via governo es

Ibatiba recebe mais de R$ 14 milhões em investimentos em Educação e Saúde

cidade de ibatiba ganha novos equipamentos esportivos, praças e centros de lazer © mateus fonseca i via governo es

Cidade de Ibatiba ganha novos equipamentos esportivos, praças e centros de lazer

Nossa Página no Facebook!

Correio Espírito Santo

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Sobre O Correio!

  • Termos de Uso
  • Política Privacidade
  • Contato!

Siga Nossas Redes!

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
No Result
View All Result
  • Caderno Tech!
  • Panorama Cultural
  • Arena Total!
  • Diário da Nação!
  • Entre Linhas
  • Espírito Santo
  • iGossip News!
  • Mundo da Saúde 360!

© 2018 - 2025. Todos os diretos reservados. Proibida a reprodução. Desenvolvido por Agência Caparaó.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você concorda com o uso de cookies. Consulte nossa Política de Privacidade e Cookies.