Eu Vou pro Baile Tacar volta pro baile funk raiz agora que Beijinho no Ombro está completando 10 anos. É um momento de resgatar as raízes, celebrar sua carreira e revisitar sua história?
Claro! “Beijinho No Ombro” foi um divisor de águas na minha vida. Devo muito para essa música e estamos celebrando da melhor maneira possível não só com um, mas com dois lançamentos. “Mo Negoção”, com MC Kevin O Chris, e “Eu Vou Pro Baile Tacar”, com o Dennis DJ. Presente em dose dupla para os fãs.
2023 foi um ano de grandes parcerias. Quem ainda está no seu radar para uma parceria futura?
Eu sonho bastante com uma parceria com a Ludmilla, uma música com a Anitta (mesmo já tendo feito “Proibidona”), e com uma galera do trap. Eu escuto muito esse ritmo, nomes como Oruam e Orochi, mas o maior sonho mesmo é participar de um Poesia Acústica.
Como foi pensado o clipe da música nova?
Então, é uma música bem baile de favela das antigas, né? A gente quis ter essa vibe no clipe, que remetesse a essa época com as roupas, o set e, principalmente, a gaiola presente no clipe. Sim, eu volto pra gaiola hahaha. Acho que essa vibe tem tudo com a música.
Recentemente você completou 45 anos. Como foi seu aniversário? Você gosta de dar festa?
Eu amo dar festa, mas o que eu amo mais que festa é fazer show (o que não deixa de ser uma festa né). E neste ano passei meu aniversário no palco, fazendo show, recebendo uma surpresa da minha equipe e bailarinos com um bolinho e toda galera cantando “parabéns”. Foi muito especial.
Quando começou sua carreira, imaginava que chegaria aos 45 com hit atrás de hit?
Quando eu comecei minha carreira na Gaiola, apenas como dançarina, eu só sonhava mesmo com o salário no final do mês para sustentar minha família. Nunca imaginei que chegaria nos lugares onde cheguei, fazendo turnê na Europa com vários sucessos na boca do povo. Foi tudo um sonho de Cinderela que se tornou realidade.
O que mudou no cenário do funk de beijinho no ombro pra cá?
Mudou muita coisa. O mercado da música muda muito rápido e com o funk não é diferente. Eu sinto que de lá pra cá várias portas foram abertas. 2013 era um período onde o funk estava começando a ganhar a internet e entrando com força na televisão. Teve Anitta, com Show Das Poderosas, Ludmilla, com Hoje, e por aí vai. Hoje em dia já é uma realidade. Você abre o Spotify está lá no topo Kevin O Chris, Dennis DJ, MC Livinho, Ryan SP… então a cada dia estamos ocupando mais e mais espaços.
Um sonho que ainda gostaria de realizar? E um que já realizou e te deixou muito feliz por alcançar?
Eu ainda sonho em gravar meu primeiro DVD e acho que o maior sonho eu já realizei foi dar uma vida digna para a minha mãe do jeito que ela merece com o fruto do meu trabalho.
Quando lançou beijinho no ombro, imaginava que seria o estouro que foi? Como foi sua reação na época?
Eu confiava bastante na música. Eu sentia que ela era muito boa e acreditava no sucesso dela, mas jamais imaginei que seria da forma que foi, o estouro que foi, e que mudaria tanto a minha vida. Quando a gente está dentro de furacão nem percebe; mas hoje olhando para o passado, com essa visão de fora, eu vejo o quão mágico que foi toda aquela época.
Ainda sobre a música nova, como surgiu a ideia de colaborar com o Dennis?
O Dennis é um parceiro incrível. Nós começamos juntos em torno do mesmo período. Eu na Gaiola e ele como produtor. Naquela época não existia muito essa moda de fazer feat, ainda mais com DJ. Eles assinavam as produções mas não se lançavam como artistas fonográficos, demorou um pouco até para o Dennis tomar esse lugar de protagonismo, então infelizmente nunca trabalhamos juntos antes. Depois de “Tá Ok”, que é um fenômeno, ele falou que estava com essa pegada de resgatar o funk das antigas e eu sou super dessa vibe, do batidão carioca raiz. Então o casamento foi perfeito.
O que deseja para 2024?
Muita saúde, paz, prosperidade, e muito trabalho também pois amo trabalhar, amo me manter ativa, cheia de coisa pra fazer, conquistando o mundo e é isso hahaha.