Menos da metade das escolas brasileiras (45,7%) tem bibliotecas ou salas de leitura, de acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, do movimento Todos pela Educação. Por esse motivo, o contato com a leitura, que é limitado a parte da população, pode ser ainda mais difícil durante a pandemia de covid-19.
Com a crise sanitária, perfis de contação de histórias passaram a alimentar as redes sociais. Alguns deles com abordagens bastante específicas, como a disseminação da cultura afro-brasileira. Os projetos também partem de organizações, como é o caso do Leia para uma Criança, do Itaú Social. O programa, que completa dez anos em 2020, já conquistou o Prêmio Jabuti, em 2019, na categoria Fomento à Leitura.
No decorrer de uma década de existência, o projeto atingiu a marca de 57 milhões de livros distribuídos gratuitamente, em formato digital e também entregues em escolas da rede pública de municípios considerados de alta vulnerabilidade social.
Levando em conta o contexto da pandemia, o programa selecionou quatro livros infantis para serem apresentados em lives, que serão realizadas aos sábados, durante o mês de outubro. As obras abordam os temas saúde, meio ambiente, empatia e educação, conforme explicou o diretor de Marketing do Itaú Unibanco, Eduardo Tracanella. Entre os convidados que farão a leitura estão o médico Drauzio Varella e a cantora Gaby Amarantos.
Segundo Tracanella, o alvo principal do programa “sempre foi o adulto”, porque é a figura capaz de estimular o hábito de leitura desde a infância. “Trazendo um testemunho do que está acontecendo na minha casa: percebo isso com minha filha, Maria, de 7 anos, incentivando e lendo para o meu menino, de 4 anos. De fato, a leitura é algo apaixonante e o que faz a gente viver vidas diferentes, momentos, paixões, viagens, perspectivas diferentes. A leitura, quando faz parte da nossa vida, não deixa de fazer jamais”, diz Tracanella. Com Agência Brasil.