O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, recentemente ganhou destaque devido ao seu potencial para auxiliar no emagrecimento. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Mounjaro é um duplo agonista se diferenciando do Ozempic (semaglutida), que é usado para tratar a diabetes tipo 2, e a perda de peso é um efeito secundário positivo observado em pacientes.
De acordo com a médica Patrícia Santiago, o mecanismo de ação desses medicamentos age nos receptores de dois hormônios crucial no intestino GLP1 (peptídeos do tipo glucagon 1) e o GIP (polipeptídeo insulinotropico) tendo assim a melhoria dos níveis de glicose no sangue e a redução do apetite, levando à perda de peso gradual. Recentemente, o jornalista Luiz Bacci, do Cidade Alerta, compartilhou que utiliza o Mounjaro, adquirido nos Estados Unidos, onde custaria cerca de 2 mil dólares por caneta. Mas o remédio é seguro?
Patrícia destaca que é importante ressaltar que o uso do Mounjaro para emagrecimento deve ser supervisionado por um médico e não deve ser puramente estético, mas sim direcionado a melhorias na saúde, “Além disso, seu efeito só ocorre de maneira satisfatória quando combinado com exercícios físicos regulares”, acrescenta a médica.
O Mounjaro é administrado por meio de uma injeção semanal e é indicado para o controle dos níveis de glicose em adultos. Estudos mostram que, em alguns casos, a perda de peso pode chegar a até 20% do peso corporal, embora efeitos colaterais como náuseas, diarreia e constipação possam ocorrer.
Apesar da aprovação da Anvisa, ainda não há uma data definida para a comercialização do Mounjaro no mercado brasileiro. Assim como um medicamento semelhante ao ozempic,Wegovy com miligrama de 2,4mg, também aguarda lançamento após ser aprovado em janeiro. Ambos representam uma nova abordagem para o tratamento da obesidade, mas seu uso deve ser sempre orientado por profissionais de saúde qualificados.