O debate em torno do marketing educacional e divulgação de conteúdo científico tem sido pauta recorrente tanto na internet, quanto dentro do âmbito acadêmico. Por vezes, a expressão “marketeiro educacional” é mencionada de forma depreciativa, questionando se o trabalho científico deveria ou não ser divulgado para o grande público em veículos de massa e mídias sociais.
De acordo com o Dr. Gabriel Lopes, presidente da Logos University International, é evidente que visões preconceituosas sobre a integração do marketing na educação emanam de perspectivas ultrapassadas, permeadas por uma nostalgia que carrega o apreço pelo “cheiro de papel” mesmo em pleno século XXI, “Em uma época que as tecnologias educacionais lideram a vanguarda da nova educação, é essencial reconhecer que a ciência e o conhecimento não podem ser confinados aos limites universitários ou às páginas de revistas científicas”, explica o especialista.
Para Gabriel, o marketing educacional não deve ser encarado com desdém; ao contrário, desempenha um papel singular e nobre ao levar informações valiosas à sociedade, “O discurso sobre a democratização da ciência perde sua legitimidade quando o preconceito contra a divulgação acadêmica afeta mentes que deveriam se abrir para novas possibilidades”, acrescenta.
A necessidade de divulgar a ciência foi reconhecida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde se enfatizou a importância de incentivar os pesquisadores a compartilharem seus trabalhos. A era digital e as mídias sociais tornam-se estratégicas para a divulgação de pesquisas, “Seria injusto condenar uma universidade que se propõe a divulgar a ciência que produz? De tornar os avanços científicos democratizados e fáceis de entender pela população? Ou tal crítica provém apenas de mentes resistentes à mudança?”, questiona o profissional.
Justamente por isso, para o especialista, as mídias sociais são estratégicas para divulgação de pesquisas. Os periódicos científicos precisam adotar novas estratégias para divulgar suas publicações. O objetivo principal é atrair autores, leitores, e também aumentar o número de citações aos artigos publicados, uma métrica crucial na avaliação de revistas acadêmicas.
As estratégias podem ser através de mídias sociais pessoais, profissionais, podcasts, matérias jornalísticas ou enciclopédias colaborativas, “É imperativo que deixemos de lado preconceitos e abracemos a ideia de que a divulgação científica, incluindo o marketing educacional, desempenha um papel crucial na construção de uma sociedade mais informada, engajada e receptiva ao progresso. O verdadeiro desafio é superar as barreiras do passado e abraçar a essência da educação como uma fonte contínua de crescimento e esclarecimento”, finaliza Gabriel.