As exportações do agronegócio do Espírito Santo alcançaram o maior valor da história para o período de janeiro a junho: US$ 1,56 bilhão (aproximadamente R$ 8,6 bilhões). O número representa um leve crescimento de 0,2% em relação ao primeiro semestre de 2024, que já havia registrado recorde. Ao todo, mais de 1,2 milhão de toneladas de produtos foram embarcadas para o exterior no período.
Enquanto as exportações nacionais do setor apresentaram uma leve queda de 0,2%, as vendas externas do agro capixaba mantiveram-se em alta. “Como os dados ainda não refletem os impactos do tarifaço dos Estados Unidos, vamos acompanhar os volumes e receitas gerados a partir de julho, especialmente com os norte-americanos, que responderam por 20% das divisas geradas neste primeiro semestre”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Entre os produtos mais exportados, o destaque continua sendo o complexo cafeeiro, responsável por US$ 771,9 milhões (49,6% do total), seguido por celulose (US$ 492,1 milhões) e pimenta-do-reino (US$ 201,8 milhões).
A pimenta-do-reino, inclusive, teve desempenho histórico. Apenas no primeiro semestre, as exportações somaram US$ 201,8 milhões, superando todo o valor exportado em 2024. O volume embarcado chegou a 32,4 mil toneladas – 91% de todo o volume exportado no ano passado – consolidando o Espírito Santo como líder nacional na exportação do produto.
Outros produtos também tiveram crescimento expressivo, como pescados (+91,6%), café solúvel (+72,2%) e mamão (+24,5%). Em volume, os destaques foram ovos (+765,5%), pescados (+79,3%) e gengibre (+11%).
Os produtos capixabas chegaram a 115 países. Os Estados Unidos lideraram como principal destino (20,3%), seguidos por Turquia (9,7%) e China (7%). O agro representou 31,53% das exportações totais do Espírito Santo no semestre.
O Estado manteve a liderança nacional na exportação de gengibre (58%), pimenta-do-reino (65%) e mamão (41%). Já no complexo cafeeiro, ocupa a segunda colocação entre os maiores exportadores do Brasil.
A Seag ressalta que os dados de açúcar de cana dos meses de fevereiro e março de 2024 foram desconsiderados, por apresentarem valores atípicos e inconsistentes com os registros históricos do setor.