O Ibama instalou nesta quinta-feira uma Sala de Situação e Controle da Terra Indígena Yanomami. A medida vale por 180 dias e pode ser prorrogada. A sala de controle vai ficar na Superintendência do Instituto, em Boa Vista, Roraima.
O objetivo é coordenar, planejar e acompanhar as ações de combate ao garimpo ilegal. O coordenador será nomeado pela Dipro, a Diretoria de Proteção Ambiental.
O território vive uma grave crise humanitária e sanitária, que já deixou mais de 500 indígenas mortos, causada por doenças evitáveis e desnutrição.
A medida adotada pelo Ibama é parte de uma série de ações para reforçar a assistência aos Yanomami e o combate ao garimpo ilegal.
Desde 20 de janeiro foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional dos povos que vivem no território Yanomami. Na segunda-feira, o governo federal publicou novo decreto com medidas nas áreas de saúde e segurança. O documento também autorizou a Força Aérea Brasileira a criar uma ZIDA, Zona de Identificação de Defesa Aérea, para restringir o tráfego aéreo na área e combater a presença de aviões suspeitos.
E nesta quinta-feira a Aeronáutica publicou no Diário Oficial da União treze critérios para considerar uma nave suspeita. Entre eles, voar sem plano de voo aprovado; não exibir marcas de nacionalidade, matrícula, bandeira ou insígnia; omitir aos órgãos de controle de tráfego aéreo informações necessárias à sua identificação; entrar sem autorização em espaço aéreo segregado, áreas restritas ou proibidas estabelecidos pelos órgãos de controle de tráfego aéreo.
A FAB realiza também a entrega de suprimentos e alimentos na região com apoio de duas aeronaves. Segundo a Força, ao todo já foram lançados 120 mil lotes de cargas entre cestas básicas e medicamentos para as comunidades indígenas necessitadas e também para a Casa de Assistência ao Indígena de Surucucu.