Vitória (ES) – O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou uma nova cartilha técnica voltada aos produtores rurais e profissionais da agronomia: “Abacaxizeiro ‘Vitória’: tecnologias para o cultivo em mulching plástico”. O material é resultado de uma pesquisa iniciada em 2020, que testou e validou a adoção do mulching plástico no cultivo da variedade capixaba do abacaxi. A publicação está disponível gratuitamente para download no site da Biblioteca Rui Tendinha.
De acordo com o Incaper, o mulching plástico consiste na cobertura do solo com lâminas de material específico que auxiliam na formação do sistema radicular e no desenvolvimento das plantas. A técnica trouxe ganhos expressivos, como maior produtividade, frutos de melhor qualidade e redução significativa de plantas daninhas. Além disso, promoveu melhor conservação da umidade do solo, menor evapotranspiração, controle de erosão e economia de mão de obra com capinas.
Os resultados positivos obtidos ao longo da pesquisa reforçaram a necessidade de reunir o conhecimento gerado em uma cartilha prática e acessível, direcionada especialmente aos agricultores e técnicos de campo. O grupo de pesquisa do Incaper trabalha com o abacaxizeiro desde 2013, e o uso do mulching começou a ser implantado em 2020, ampliando as estratégias de manejo da cultura.
O conteúdo da cartilha aborda aspectos completos do cultivo, como preparação de canteiros, práticas de manejo, floração, principais pragas e doenças, além do manejo da soca (segundo ciclo). A publicação também destaca a integração entre pesquisa, assistência técnica e extensão rural, com participação dos Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural (ELDR) e técnicos extensionistas responsáveis por validar a técnica diretamente com os agricultores.
A pesquisa é fruto de uma parceria entre o Incaper, a Secretaria da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).
Segundo um dos autores, Ivanildo Schmith Küster, os benefícios vão além do campo: “O agricultor que adotar essa tecnologia pode esperar impactos positivos econômicos e ambientais, com uso mais racional da água, redução de herbicidas e maior retorno financeiro devido ao aumento da produtividade”.








