Dia trágico para as populações do sudeste da Turquia e da vizinha Síria. Dois fortes terremotos, o primeiro de magnitude 7,8 na escala Richter e o segundo tremor de 7,5 graus, poucas horas depois do primeiro abalo, deixaram ao menos 1,5 mil mortos e mais de 7 mil feridos nos dois países.
Os abalos foram tão fortes que chegaram a ser sentidos na Groelândia, segundo o Instituto Geológico da Dinamarca, além de Líbano, da Ilha de Chipre e de outros países ali próximo à área.
A União Europeia enviou equipes de resgate da Holanda e da Romênia para a Turquia. A França ofereceu ajuda de emergência aos dois países, assim como a Rússia, que tem uma base militar no litoral sírio e é aliada do regime no poder em Damasco.
A índia também anunciou o envio imediato de equipes de resgate e de médicos e enfermeiros, assim como material de primeiros socorros para a Turquia.
Mais de mil prédios desabaram completamente nos dois países. Por questões de segurança, o gás foi cortado em todo o sudeste da Turquia, devido ao risco de explosões e de réplicas.
Pelo menos três aeroportos na área afetada – de Hatay, Maras e Gaziantep – foram fechados para o tráfego aéreo. Essas três cidades estão entre as mais atingidas na Turquia. Além disso, a neve e as tempestades que atingem a região impedem o tráfego em outros aeroportos.
Na Síria, as cidades mais afetadas são Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, balneário às margens do Mediterrâneo. Nas regiões que estão em poder dos rebeldes, são os capacetes brancos – brigadas de médicos e socorristas formados durante a guerra civil – que contabilizam as vítimas.
Os capacetes brancos disseram que a situação é catastrófica e pedem ajuda às organizações humanitárias internacionais para intervir rapidamente a fim de ajudar a população na Síria.
Nas redes sociais, centenas de pessoas soterradas pedem socorro às equipes de resgate, tentando ajudar os bombeiros a localizá-las sob os escombros.