O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo aumentou 18% em 2023. Até novembro do ano passado, 313 pessoas foram mortas por agentes da PM em serviço. No mesmo período do ano anterior, foram 256 casos no período.
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que relaciona a redução da letalidade policial com o uso de câmeras corporais acopladas na farda dos PMs.
Segundo o Fórum, o número de mortes causadas por policiais caiu de quase setecentos, em 2019, para menos de 260, em 2022. E essa redução em 76% de casos acompanha o início do uso de câmeras nos uniformes dos agentes, a partir de 2021.
O uso de câmeras corporais pelos agentes da PM em ações nas ruas voltou a ser debatido a partir da última segunda-feira, quando o governador Tarcísio de Freitas declarou que a gestão estadual planeja ampliar investimentos em tecnologia e monitoramento em 2024, para oferecer mais proteção ao cidadão. Mas esse investimento não inclui a aquisição de novas câmeras corporais, apenas a manutenção do equipamento já adquirido.
Segundo a Secretaria da Segurança paulista, 10.125 câmeras operacionais portáteis estão em uso na corporação.
Durante o ano passado, o governo de São Paulo cortou R$ 37 milhões do programa de câmeras corporais. A redução se deve a quatro decretos assinados pelo governador, que repassou o recurso a outras áreas, como o atendimento em saúde aos policiais militares, pagamento de diárias e compra de material de consumo da corporação.
Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil