A forte presença militar de Israel na Faixa de Gaza e os bombardeios impedem ou dificultam a saída de ambulâncias com feridos, na fronteira com o Egito. Foi isso que impediu a saída de 34 brasileiros a serem resgatados da região, pela fronteira de Rafah, nesta sexta-feira (10). A informação foi confirmada pelo embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.
Enquanto isso, no Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a fronteira está fechada e só pode ser aberta para os estrangeiros resgatados se, antes, passarem os feridos.
O chanceler Mauro Vieira detalhou a situação dos brasileiros em Gaza, nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília. O grupo de 34 brasileiros estava dividido em duas cidades do sul da Faixa de Gaza: 18, que já estavam em Rafah, na fronteira; e 16 em Khan Younes. Entre eles, está o brasileiro Hasan Rabee, que tem relatado o dia a dia de Gaza nas redes sociais. Ele divulgou imagens do momento em que o grupo foi levado de ônibus até Rafah. E, já na cidade, Hasan contou ter encontrado o portão da fronteira fechado.
Como não conseguiu passar nesta sexta-feira, Hasan preferiu voltar para Khan Younes, a 10 quilômetros de Rafah, onde permaneceram os demais. O chanceler brasileiro informou, ainda, que a lista de brasileiros está nas mãos das autoridades da região, há cerca de 20 dias. E que mesmo assim teve cerca de quatro encontros com Israel, negociando a autorização dos resgatados.
Depois que a passagem dos brasileiros acontecer, o avião presidencial, que aguarda no Egito, há quase 20 dias, parte para o Brasil, da cidade de Al Arish, a 50 quilômetros da Faixa de Gaza. Ao chegarem no país, pousam na capital Brasília.
Foto: Ruínas da Torre Aklouk destruídas em atas aéreos israelenses na cidade de Gaza © Agência Palestina de Notícias e Informação (Wafa) em contrato com a APAimages, via Wikimedia Commons