Neste ano, a colheita da chamada safrinha, considerada a “xepa” de inverno do cultivo, ajudou à safra de milho a alcançar 274,1 milhões de toneladas. Com a ajuda da safrinha totalizou aumento de 44% na produção, 31,7% a mais do que o ano passado, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além do milho a soja também foi destaque esse ano, com a reestruturação do cultivo no Paraná, após desastre com as secas no ano passado. Com aumento de 78% apontado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a safra total do país somou em 150 milhões de toneladas, com alta de 23%.
O país demorou cerca de 15 anos para ampliar o número de 100 milhões para 200 milhões de toneladas, e com a nova estatística, a expectativa é atingir 300 milhões ainda no ano que vem.
De acordo com Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores empresas de fertilizantes do Brasil, “a alta se deve não apenas ao clima favorável, mas também à participação dos fertilizantes no negócio”.
Especialistas avaliam que a alta do agronegócio pode colocar o país em disputas com produtores internacionais como Estados Unidos e China. Dados comprovam que a safra brasileira registrou aumento de 15% nos últimos 5 anos, enquanto concorrentes externos mantiveram as médias, ou apresentaram queda nos números.
“O crescimento da empresa foi de 71% durante o período da safrinha deste ano”, comenta Leonardo. “O aumento das nossas vendas juntamente com a participação de empresas brasileiras no setor gera grande impacto, não só na produção nacional como na concorrência internacional de mercado. O Brasil tem muito potencial a ser desenvolvido nos próximos anos e pode se tornar um líder de mercado se planejadas novas estratégias”.