O humorista Léo Lins esteve em Teófilo Otoni, interior de Minas Gerais, nesta segunda feira, 16 de setembro, e apresentou o seu show “Bullying Arte” no Cine Teatro Vitória, com lotação máxima, na mesma cidade em que Gustavo Mendes realizou sua apresentação dia 30 de agosto, em que se desentendeu com a platéia após criticar o presidente Jair Bolsonaro. O caso repercutiu nacionalmente e Mendes afirmou ter sido vítima de censura.
No entanto, Léo Lins discorda de Mendes e nega que tenha havido qualquer tipo de censura durante a sua apresentação na cidade. Apesar de toda a polêmica, não faltaram piadas sobre Jair Bolsonaro no show: “Não houve censura em Teofilo Otoni. Eu fiz piada com o prefeito, com a esquerda, com a direita, com o Bolsonaro. Devo confessar que houve um tumulto na entrada, mas pelo menos a ‘briga’ foi pra entrar no show ao invés de sair. O meu show não é de cunho político, mas eu não podia deixar de aproveitar o fato de estar ali, na mesma cidade em que aconteceu toda aquela polêmica. Se tem alguém que sabe o que é ser censurado sou eu, que já tive show proibido em mais de 20 cidades, e já tive de recorrer a liminar judicial para conseguir me apresentar”.
A cidade recebeu a centésima apresentação do show “Bullying Arte”, que teve um significado muito especial para o humorista: “foi um show que abrimos venda sete dias antes da data marcada e mesmo assim antes disso já estava esgotado. Foi acima de todas as expectativas. Teófilo Otoni foi a centésima cidade em que me apresentei com o meu show Bullying Arte, o que pra mim tem um significado muito especial”. Houve uma festa de celebração com direito a bolo.
Confira algumas das piadas feitas por Léo Lins em sua apresentação em Teófilo Otoni
“Disseram que as pessoas não deveriam ter acesso ao meu show. Meu show tá igual as contas do Flavio Bolsonaro, não pode ter acesso”.
“A popularidade do Bolsonaro vem caindo tanto, que essa semana ele ligou pro Adélio: pode me dar outra facada?”
“Os filhos tão dando trabalho pro Bolsonaro. O Brasil hoje é como se fosse um videogame, o pai compra pros filhos brincarem. E quando dão o controle pro pai ele sai apertando botão sem saber o que ta fazendo”.
“O brasileiro nao lê… ‘Lula o filho do Brasil’, a gente só sabe da existência disso porque teve um filme. Se fosse so livro ninguém ia saber. Até porque quem quer o Lula livre nem sabe ler”.
“Em Teofilo Otoni, os ciganos estão reclamando que o prefeito de deve dinheiro pra eles. Isso que os ciganos jogam tarô, lêem a mão. Esses ciganos devem ser muito amadores, nao conseguiram prever que um político do PT ia dar um golpe”.
Relembre o caso
Durante seu show de humor na cidade de Teófilo Otoni, Gustavo Mendes retrucou pessoas da platéia que não gostaram das críticas que fez a Jair Bolsonaro, dizendo que não tinha problema em expor sua opinião política, e na sequência expulsou alguns dos presentes. No sábado (31), o humorista publicou um vídeo afirmando que foi vítima de censura.